Foram 333
baleias Minkes (Balaenoptera acutorostrata) mortas por caçadores japoneses na
expedição de quatro meses, terminada em março último. 122 delas eram fêmeas
grávidas. Outras dezenas eram imaturas, ou seja, eram jovens demais ainda para
se reproduzir.
A alegação é
que são “amostras biológicas” que servirão para investigar a estrutura e a
dinâmica dos ecossistemas marinhos. A justificativa é a mesma utilizada no ano
passado, como mostramos neste outro post, quando um número semelhante de
baleias perdeu a vida.
Mais uma vez,
as imagens brutais da matança anual das baleias e a desculpa esfarrapada dos
japoneses provocaram revolta no mundo todo. Apesar do “objetivo científico” do
extermínio, a carne e o sangue dos animais ainda hoje são vendidos em mercados
e restaurantes como iguarias.
“A matança de
122 baleias grávidas é uma estatística chocante e triste, prova da crueldade da
caça no Japão”, afirmou Alexia Wellbelove, gerente da Humane Society
International, em comunicado à imprensa.
Em 2014, uma
corte internacional ordenou a suspensão temporária da caça anual das baleias na
região. Entretanto, o governo japonês encontrou uma brecha na moratória e, em
2016, voltou a matar os cetáceos alegando que tinha fins científicos e que
reduziria o número de mortes para 1/3.
O método
utilizado pelos japoneses para capturar as baleias é cruel. Segundo
organizações ambientais, elas são mortas com granadas explosivas, colocadas na
ponta de arpões. Mas apenas entre 50% e 80% delas morrem instantaneamente,
deixando as demais em sofrimento profundo.
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Foto: Tim
Watters/Sea Shepherd
Japoneses matam mais de 300 baleias para “pesquisas científicas”
Por Suzana Camargo
Colaboração Professor Claudio Magalhães
Colaboração Professor Claudio Magalhães
^^
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